A Internet e o futuro do jornalismo
Por Carlos Castilho em 4/7/2005
Em reunião, realizada no final de junho em Cartagena de Índias, na Colômbia, mostra que o papel da rede vai muito além da simples troca de ferramentas analógicas por digitais. Um conjunto de valores associados ao exercício da atividade informativa também está sendo drasticamente alterado e tudo indica o perfil do profissional no ano 2015 será bem diferente do atual.
Esta evolução não é apenas desejável, mas também inevitável porque os participantes foram unânimes na constatação de que o jornalismo atual não pode continuar como está, embora tenham divergido na forma e velocidade da mudança.
A tecnologia, o novo perfil dos consumidores e a realidade econômica terão um papel crucial no futuro da imprensa, mas tudo indica que o exercício da profissão vai depender de fatores não-materiais, concentrados especialmente na área da educação.
Novas exigências
Há necessidade de atualização dos profissionais que atualmente trabalham nas redações de revistas, jornais, rádios e emissoras de TV. O processo de modernização tecnológica é irreversível e está atropelando a maioria dos profissionais mais experientes, cujo conhecimento é indispensável na contextualização da informação – um recurso que se tornou essencial à compreensão das notícias num ambiente de avalancha informativa.
As redações do ano 2015 estarão formadas por jornalistas que ingressarão nos próximos anos em algum curso de comunicação, mas se não houver uma urgente mudança nos currículos é quase certo que os novos profissionais serão tão desatualizados quanto os que saem hoje das universidades.
A grande maioria das faculdades de jornalismo no Brasil não tem uma disciplina de jornalismo online, não discute as mudanças em curso na imprensa e nem prepara os alunos para as novas exigências de um mercado onde a comunicação digital será predominante. O que as faculdades fazem hoje é preparar profissionais para o desemprego.
Caros colegas, essa matéria é um alerta. Nós, que ainda estamos cursando a Faculdade devemos nos unir e pedir aos dirigentes desta instituição que atualizem nosso currículo e acrescentem uma cadeira de jornalismo on-line antes de nos formarmos.
Sabrina Monaco - aluna do 5º período
quarta-feira, 21 de março de 2007
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2 comentários:
Gente
A coisa está muito devagar. Cadê a foto que tiramos? Por que ainda não entrou? Vamos produzir, pessoal.
pc
A imprensa on-line vai extinguir com a mídia impressa?
Outro dia estava navegando na internet, fazendo algumas pesquisas, vasculhando alguns sites de grandes jornais, e encontrei alguns blogs independentes e outros interligados aos mesmos grandes jornais, mas talvez menos tendenciosos à posição política.
Fui bombardeada por uma gama de informações sobre os acontecimentos daquele dia que estava indo embora. Nos sites daqueles jornais, as mais variadas notícias de acontecimentos recentes, matérias inteiras sobre todos os assuntos; de política à cultura (cultura útil e inútil), passando pelas seções de economia e policial.
Interessante, e pessoalmente confesso muito mais gostoso, os blogs, independentes ou não, abordavam os mesmos assuntos, com a mesma atualidade, e talvez ainda mais; muitos assuntos já vinham sendo discutidos (e amadurecidos) mesmo antes de serem sequer citados pela imprensa tradicional.
Li muita coisa, postei alguns comentários, guardei algumas matérias para pesquisas futuras, e dei continuidade à pesquisa específica a qual havia me impulsionado a acessar à internet.
No dia seguinte, como de praxe, passei no jornaleiro e comprei o jornal, seguindo as orientações dos professores: “sempre leia jornais, é a melhor maneira de se manter atualizado, afinal só escreve bem quem lê bastante.” É claro que concordo com eles, e não é esse o ponto em discussão, o fato é que comecei a ler o jornal e percebi que ele era do dia anterior. Voltei à banca e pedi ao jornaleiro, já meu conhecido, que me desse o jornal do dia e parasse de ‘trotes’. Ele riu e disse que era eu quem havia brincado.
Só então atentei para a data impressa no jornal, era realmente daquele dia! E eu, agora me sentindo uma vidente, quase pude ler os números da mega-sena, afinal tudo o que eu lia ali já era velho e ultrapassado. Todas aquelas notícias já haviam sido recebidas na minha cabeça, e mais, já haviam sido decodificadas e recodificadas; de tal maneira que ler apenas aquelas notas e textos era quase tedioso; não fosse pelo fato de só aguçar ainda mais minha velha mania de criticar.
Tamanha minha surpresa, (afinal essa era minha primeira dose de “imprensa de blogosfera”; e tenho tomado todo cuidado para não me tornar viciada, apesar de ter certeza que de nada irá adiantar) que passei o dia com a cabeça fervilhando para escrever e avaliar: Será que, quando nossa geração que hoje tem entre 20 e 25 anos de idade, for a sociedade culturalmente pensante do país com seus 40/45 anos, nós que já somos viciados na mídia on-line e seremos ainda mais, já não teríamos dado fim na mídia impressa? Assim como, hoje em dia, as pessoas já não ligam mais o rádio para saber das notícias, mas para se distrair/abstrair, será que “o papel do jornal de papel” continuará sendo o mesmo?
Hoje, o ritmo ditado pela globalização, já não dá a todos a ‘mordomia’ de parar por meia hora (sem apologias!) para ler um jornal. Mas sim, no momento em que você precisa ler um e-mail ou fazer uma pesquisa, você é acessado pela mídia on. Para quem trabalha com PC o dia todo, é instantâneo.
Acredito numa nova utilidade que será dada ao jornal impresso. Modificada. A extinção (á longo prazo) é possível (mas não sou capaz de calcular a probabilidade) poderá até vir a acontecer, mas irá depender da publicidade/propaganda. Mas esse é um outro tema...
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