Humberto Mandaro
Inventadas e desenvolvidas na segunda metade do século XIX, as máquinas de escrever deram grande impulso às comunicações da época e, também, à entrada das mulheres no mundo dos negócios –elas tinham mais paciência que os homens para ficar horas e horas sentadas lidando com o complexo artefato.
"É difícil precisar quando a máquina de escrever foi "inventada"; e também é difícil precisar quando ela começou a ser fabricada", relata o pesquisador e colecionador Fernando Costa, de São Paulo. A primeira patente para uma máquina de escrever foi concedida na Inglaterra para Henry Mills, em 1713, mas como não havia detalhes sobre a máquina em si ou sobre exemplares fabricados, há dúvidas se a patente foi concedida realmente para uma máquina de escrever.
A primeira máquina de escrever documentada foi fabricada pelo nobre italiano Pellegrino Turri, por volta de 1808, para que uma amiga, cega, pudesse se corresponder com ele. Outras patentes foram obtidas pelos norte-americanos John Burt, em 1829, Charles Tubber em 1843, pelo italiano Giusseppi Ravizza, em 1855, e pelo austríaco Peter Mitterhoffer, em 1864.
Até um brasileiro criou um modelo: a máquina de escrever do padre Francisco Azevedo, que foi apresentada numa feira internacional em Recife (PE) em 1861, gerou muito interesse, mas nunca chegou a ser fabricada em série e o protótipo foi destruído.
Foi a deficiência visual que gerou também a primeira máquina produzida em série e utilizada em diversos escritórios: a Skrivekugle, desenvolvida pelo pastor Johan Rasmus Malling Hansen, da Dinamarca, diretor do Instituto Para Cegos e Surdos de Copenhagen, em 1865.
Mas a industrialização do ramo só começou em 1874, quando a fábrica de armas norte-americana Remington decidiu iniciar a linha de produção da máquina de escrever criada por Christopher Latham Sholes. Quatro anos depois foi lançada a Remington 2, com diversos aperfeiçoamentos, como o mecanismo que possibilitava datilografar maiúsculas e minúsculas. As vendas decolaram, chamando a atenção de outros fabricantes. Estava criada a concorrência na indústria de máquinas de escrever
Fonte – site Diário do Comércio
Foto 1 – Ronaldo de Oliveira coleciona e restaura máquinas de escrever antigas
Foto 2 – Alguns exemplares da coleção de Ronaldo de Oliveira
Foto 3 – Remington 1879: americana é a segunda mais velha do mundo da fase industrializada
Foto 4 – Máquina de escrever Blickensderfer, de 1892
Foto 5 – Selo da Remington em máquina de 1879
4 comentários:
Ué! Cadê as fotos?
pc
A Sabrina me explicou. Estivemos no Globo hoje. Bom material.
Caro Sr.
Possuo uma Remington No. 12 nacional e gostaria de saber se possui fotos deste modelo tupiniquim para que eu possa restaurá-lo.
Tenho problemas principalmente com as cores originais... vejo que as americanas eram sempre pretas... já esta que possuo é um tom acinzentado com um efeito "martelado" na pintura.
Obrigado!
Fábio K.
tenho 2 maquinas de escrever antigas e um jornal de 1875, deseja compra-los
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