quinta-feira, 21 de junho de 2007

Do índio tupiniquim ao mundo globalizado

Frenanda Baldoti


Quem poderia imaginar que os estúdios da primeira emissora de TV brasileira foram erguidos no lugar de uma quadra de peteca? O jovem radioator Walter Forster matava o tempo jogando uma partida no pátio da Rádio Difusora de São Paulo com os radialistas Cassiano Gabus Mendes e Dermival Costa Lima quando Assis Chateaubriand chegou os empurrando e marcando aonde seriam os Estúdios A e B da futura TV Tupi. Perderam as mocinhas que ficaram impossibilitadas de verem os galãs do rádio que passavam horas ali e ganhamos nós, que hoje ligamos a TV.
A sexagenária televisão brasileira nasceu do sonho de um menino gago, raquítico, amarelo e feio. Nem mesmo o sobrenome, que se tornou o mais famoso em se tratando de meios de comunicação no país, era legítimo da família, nem tampouco representava origens européias. Chateaubriand nascera do gosto do avô paterno pelo poeta e pensador francês, e acabou sendo incorporado ao nome da família depois de fundado o Colégio François René Chateaubriand. O menino nascido em Umbuzeiro, aos 10 anos continuava analfabeto. Sua primeira cartilha foram exemplares velhos do Diário de Pernambuco e do Jornal de Recife, abandonados no porão de casa.
O homem que trouxe a novidade para o Brasil assumiu uma dívida de 5 milhões de dólares em equipamentos investindo em um negócio que não tinha sequer público consumidor, já que no Brasil não havia nenhum aparelho de televisão. Mas, isso não foi empecilho para Chateaubriand, que no dia 18 de setembro de 1950 inaugurou a PRF-3 TV Tupi, em São Paulo. Na época, havia poucos canais de televisão no mundo, não se tinha profissionais capacitados e nem tão pouco quem copiar. Tiveram que inventar uma linguagem, uma programação, ou seja, uma forma de fazer televisão. As dificuldades eram tantas, que até mesmo os ensaios eram feitos sem equipamentos. A televisão brasileira deste momento, foi feita por profissionais do rádio, ao contrário da americana, que utilizou profissionais do cinema para trabalhar nas suas primeiras emissoras.
Chateaubriand teve o privilégio de ver os experimentos da televisão em cores quando foi aos EUA fechar os contratos para trazer a TV para o Brasil. Ao ser apresentado à novidade, picou todos os contratos que havia assinado, dizendo que não iria comprar equipamento obsoleto. O diretor da RCA Victor, David Sarnoff teve que explicar que mesmo nos EUA levariam alguns anos até que a TV colorida fosse acessível ao público. As primeiras transmissões nos EUA só ocorreriam em 1966, 17 anos depois de Chatô presenciar os testes com o experimento.
Atualmente vivemos um momento parecido com o do surgimento da TV: às vésperas da chegada da TV digital no país, inúmeras dúvidas assombram os profissionais da comunicação e incertezas ficam no ar. Como na era de Chatô, não sabemos como ela será aceita pelo público, qual linguagem será utilizada, quais profissionais estarão aptos para desenvolver este novo formato, como será o mercado publicitário, etc. Os atrasos na introdução da tecnologia digital impedem o desenvolvimento social e econômico do país. Enquanto o governo não se decide qual técnica adotar para implantar a televisão digital no Brasil, seria excelente que algum político ou empresário do meio, se imbuísse do espírito de Chateaubriand e pressionasse a aceleração do processo. Só assim, poderíamos mais uma vez estar entre os primeiros a desenvolver um formato para uma nova tecnologia.

sexta-feira, 25 de maio de 2007

25 momentos da Blogosfera brasileira

Alexandre Inagaki, inspirado nos 25 Momentos da Blogosfera portuguesa, organizou os 25 Momentos da Blogosfera brasileira.

Juliana Carlantonio - Grupo 5

Fev/98
A gaúcha Viviane Vaz de Menezes é a primeira brasileira a criar um blog, o “Delights to Cheer”, escrito em inglês.

- Entrevista concedida a Alexandre Matias, originalmente para o site da revista Pl4y.
- Arquivo do último blog que ela manteve.

31/Mar/98
Surge o primeiro blog brasileiro em português, o Diário da Megalópole de Renato Pedroso Junior, ou vulgo Nemo Nox. (http://www.nemonox.com/megalopole)
- Entrevista dada por Renato Pedroso
- Blog atual de Nemo Nox

Ago/99
O “Blogger” (http://www.blogger.com) é criado pela Pyra Labs, pequena empresa sediada em San Francisco.

02/Mar/00
Entra no ar aquele que é provavelmente o mais antigo blog brasileiro ainda em atividade, o “Zamorim” (http://zamorim.com), do brasiliense Marcus Amorim.

23/Jan/01
É criado o primeiro Webring de blogs tupiniquins. O “Arredores”, administrado por Caio Barra Costa e Jean Boechat.

24/Jan/01
É publicada a primeira matéria sobre blogs em um jornal brasileiro: "Weblogs reinventam o uso da Internet", de Alexandre Versignassi, para a Folha de S. Paulo, citando os blogs de Lia Caldas e Flávia Durante.

08/Mar/01
É criada a primeira lista de discussões reunindo blogueiros, moderada por Edney Souza. Quase simultaneamente, entra no ar o weblog coletivo Blogueiros

05/Jun/01
Sergio Faria, do site “Catarro Verde” descobre que Antônio Carlos Magalhães, o ACM, plagiou em seu discurso de renúncia ao mandato de senador, discurso realizado anteriormente pelo deputado federal Afonso Arinos em 9 de agosto de 1954. O post repercutiu em uma lista de discussões assinada pelo apresentador de TV Marcelo Tas, que por sua vez tratou de divulgar a descoberta do site em seu programa “Vitrine”,veiculado na TV Cultura. No final da história a denúncia de Sérgio Faria acabou nos principais jornais e revistas de todo o país, fazendo com que muitos leitores lessem pela primeira vez em suas vidas a palavra "blog".
- O texto que fora plagiado
- Entrevista com Marcelo Tas em que ele cita o caso Catarro Verde x ACM

05/Jun/01
Jackie Miller (http://jackiemiller.blogspot.com) traz a crônica social para o mundinho dos blogs brasileiros. Sob o pseudônimo, cuja identidade não foi revelada até hoje, Jackie Miller assinou a coluna Conexão Blogger no Jornal do Brasil, atualmente mantida por Cid Andrade.
Link relacionado: http://web.archive.org/web/20020205132519/
http://jbonline.terra.com.br/jb/papel/colunas/conexao

29/Ago/01
Surge o Weblogger (http://www.weblogger.com.br), serviço de hospedagens de blogs, criando polêmica ao registrar o domínio blogger.com.br e plagiar o design do Blogger original. Anos depois, o Weblogger seria comprado pelo portal Terra.

Set/01
Os blogs de Deborah Andrade (http://deb.no.sapo.pt) e Cristiano Dias (http://www.crisdias.com.br), brasileiros residentes em Nova York, são invadidos por dezenas de novos visitantes procurando por informações a respeito do atentado ao World Trade Center.
- http://versignassi.sites.uol.com.br/NY.htm

24/Set/01
Desembucha (http://www.desembucha.com), primeiro hosting brasileiro gratuito de blogs, que chegou a abrigar mais de 4.000 blogueiros e foi o recanto de nomes como Pedro Ivo Resende (Loser) e José Vicente de Mendonça (Evasão de Privacidade). Saiu do ar devido despreparo em atender à demanda de tantos interessados em criar blogs. Infelizmente não há registros do Desembucha nem no Internet Archive.

Nov/01
O Ig é o primeiro portal brasileiro a aderir à onda dos blogs, criando seu próprio serviço de hospedagem gratuita, o Blig.

Dez/01
Marcelo Cabral (http://wbloggar.com/marcelo/blog) cria o W.Bloggar (http://www.wbloggar.com), programa que permite acessar publicadores de blog com apenas um clique.

20/Mai/02
Lançado no blog de Daniel Sansão (http://www.danielsansao.com.br/motocontinuo) aquele que talvez tenha sido o primeiro meme espalhado por blogs brazucas: "Eu Também Conheço o Hiro".
- http://www.danielsansao.com.br/motocontinuo/arquivos/index.shtml?2002_05_01_arquivo_moto.htm#85102574
- http://www.hiro.com.br/blog/index.php?p=2002_05_01_archive.html#76902151

Jul/02
Daniel Pádua cria o blogChalking, ferramenta que se torna conhecida na blogosfera mundial.
- http://blogchalking.blogspot.com/

19/Jul/02
O primeiro blog da versão brasileira do Blogger, o Blogger Brasil (http://blogger.globo.com), mantido pela Globo.com, entra no ar. Com o intuito de divulgar a novela “O beijo do vampiro”, a Central Globo de Comunicação cria uma campanha que entrou no ar em agosto do mesmo ano. É o Blog do Bóris (http://boris.blogger.com.br), personagem principal da novela de Antônio Calmon, interpretado por Tarcísio Meira.

29/Jul/02
Criação do TopLinks (http://toplinks.idearo.com.br), o Blogdex (http://blogdex.media.mit.edu) brasileiro, por Cristiano Dias. O TopLinks é um site que vasculha weblogs em português à procura de links novos - em resumo, uma página que descobre quais são os "assuntos do dia" da blogosfera tupinambá.
Entrevista a Alexandre Matias para a Pl4y

Jan/03
Daniela Abade (http://www.mundoperfeito.com.br) e Nelito Fernandes (http://www.euhein.com.br) são os primeiros blogueiros cooptados por um portal, no caso o Terra.

- Cora Ronái comenta o fato de um blogueiro finalmente receber dinheiro (no caso, um cheque de exatos R$ 1.570,17) graças à sua página na Web

Abr/03
O blog coletivo Virunduns (http://virunduns.blogger.com.br), depois de ser citado por uma matéria de Pedro Alexandre Sanches para a Folha de S. Paulo, torna-se o primeiro blog a ganhar capa dos cadernos de variedades do Jornal da Tarde e O Globo.
- http://oglobo.globo.com/online) abre espaço para a publicação de blogs dos seus colunistas, como Luiz Gravatá, Carlos Alberto Teixeira, João Ximenes Braga, Patrícia Kogut e Tereza Cruvinel.

24/Set/03
Marcelo Tas inaugura o primeiro blog (http://marcelotas.blog.uol.com.br) hospedado no UOL. As comportas do UOL Blog seriam abertas aos internautas em geral quatro meses depois, em 16 de janeiro de 2004.

Mar/04
O Blogger Brasil é fechado para assinantes da Globo.com, e ao mesmo tempo surgem os primeiros imbróglios de blogueiros com ações judiciais, envolvendo Alessandra Félix, do Amarula com Sucrilhos, Cris Dias e Edney Souza.
- http://www.gardenal.org/inagaki/textos/cat_globlogueiros_barrados.html

Jul/04
Lançamento do livro Wunderblogs.com, reunindo textos de 11 blogueiros hospedados no coletivo http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u45599.shtml
- http://www.ebarracuda.com.br/site/acervo_detalhe.php?id_livro=2

Set/04
O blog coletivo Imprensa Marrom (http://www.imprensamarrom.com.br) é retirado do ar por conta de um processo judicial, sendo que a ação foi motivada pelo comentário deixado por um visitante do blog. Antes desse incidente, Cristiano Dias já havia recebido ameaças oriundas da mesma empresa que processou o Imprensa Marrom.
- http://www.gardenal.org/inagaki/textos/014458.html
- Manual de sobrevivência na selva de bits: evitando as ações judiciais contra publicações na Internet

Fonte: Época (http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/1,,EDG74942-5856,00.html)

terça-feira, 22 de maio de 2007

Criadores do Google

Juliana


Dr. Eric SchmidtPresidente do Conselho e Diretor Executivo
Os fundadores do Google, Larry Page e Sergey Brin, contrataram Eric Schmidt, na época presidente e diretor executivo da Novell, onde conduzia o desenvolvimento de tecnologia, o gerenciamento e o planejamento estratégico da empresa. Desde que veio para o Google, Eric concentrou-se na construção da infra-estrutura corporativa necessária para manter o rápido crescimento do Google como empresa, além de garantir a manutenção da alta qualidade face à redução dos prazos do ciclo de desenvolvimento de produtos a um patamar mínimo. Juntamente com Larry e Sergey, Eric divide a responsabilidade pelas operações diárias do Google. A experiência de Eric na Novell representa 20 anos de realizações como estrategista da internet, empreendedor e desenvolvedor de grandes tecnologias. Sua visão experiente complementa perfeitamente as necessidades do Google como um mecanismo de pesquisa recente, em rápido crescimento e com uma cultura corporativa própria.
Antes de trabalhar na Novell, Eric foi diretor de tecnologia e diretor executivo corporativo na Sun Microsystems, Inc., onde liderou o desenvolvimento do Java, tecnologia de programação independente de plataforma da Sun, e definiu a estratégia da empresa no tocante ao software para a internet. Antes de entrar na Sun em 1983, ele foi membro da equipe de pesquisa do Laboratório de Informática do Centro de Pesquisa de Palo Alto (PARC) da Xerox e ocupou cargos na Bell Laboratories e na Zilog. Eric é bacharel em Engenharia Elétrica pela Universidade de Princeton, mestre e doutor em Ciência da Computação pela Universidade da Califórnia-Berkeley.
Larry PageCo-fundador e Presidente de Produtos Larry Page foi o diretor executivo fundador do Google. Depois de desenvolver a empresa, contratar seus primeiros 200 funcionários e alcançar a lucratividade, ele passou a atuar como Presidente de Produtos em abril de 2001. Larry Page continua dividindo a responsabilidade pelas operações diárias do Google com Eric Schmidt e Sergey Brin. Filho do professor de Ciência da Computação da Universidade Estadual de Michigan, Dr. Carl Victor Page, o amor de Larry pelos computadores começou aos seis anos de idade. Seguindo os passos de seu pai nos estudos, tornou-se um formando honorário pela Universidade de Michigan, onde recebeu o título de bacharel em Engenharia, com especialização em Engenharia da computação. Durante o período que passou em Ann Arbor, Larry construiu uma impressora a jato de tinta com peças de Lego. No programa de doutorado em Ciência da Computação na Universidade de Stanford, Larry conheceu Sergey Brin e juntos eles desenvolveram e administravam o Google, que começou a funcionar em 1998. Larry saiu de Stanford depois de concluir seu mestrado. Em 2002, foi nomeado Líder Global para o Amanhã pelo Fórum Econômico Mundial. Ele é membro do Comitê Consultivo Nacional (NAC, National Advisory Committee) da Faculdade de Engenharia da Universidade de Michigan e, junto com o co-fundador Sergey Brin, Larry recebeu o Prêmio Marconi em 2004. Ele é um agente fiduciário da diretoria do X PRIZE e foi eleito para a Academia Nacional de Engenharia em 2004.

Sergey BrinCo-fundador e Presidente de Tecnologia
Sergey Brin, nascido em Moscou, bacharel honorário em Matemática e Ciência da Computação pela Universidade de Maryland em College Park. Atualmente está afastado do programa de doutorado em Ciência da Computação na Universidade de Stanford, onde obteve seu título de mestre. Sergey recebeu um prêmio da National Science Foundation Graduate Fellowship e o título de MBA honorário pela instituição espanhola Instituto de Empresa. Foi em Stanford que ele conheceu Larry Page e trabalhou no projeto que veio a tornar-se o Google. Juntos fundaram a Google Inc. Sergey continua dividindo com Larry Page e Eric Schmidt a responsabilidade pelas operações diárias.
As atividades de pesquisa de Sergey incluem mecanismos de pesquisa, extração de informações de fontes não estruturadas e data mining em grandes coleções de texto e dados científicos. É autor de mais de uma dúzia de trabalhos acadêmicos, incluindo Extraindo Padrões e Relações da WWW; Data Mining Dinâmico: Uma Nova Arquitetura de Dados com Alta Dimensionalidade, publicada em parceria com Larry Page; Técnicas Escalonáveis para Exploração de Estruturas Casuais; Contagem Dinâmica de Conjuntos de Itens e Regras Derivadas para Dados de Transações de Compra e Além das Transações de Compra: Generalizando Regras de Associação para Correlações.
Sergey foi palestrante convidado em vários fóruns internacionais de tecnologia, negócios e acadêmicos, incluindo o Fórum Econômico Mundial e a Conferência de Tecnologia, Entretenimento e Design. Ele apresentou suas opiniões sobre o setor de tecnologia e o futuro da pesquisa no Charlie Rose Show, CNBC e no CNNfn. Em 2004, ele e Larry Page foram nomeados "Personalidades da Semana" pelo programa ABC World News Tonight.

Google vai censurar resultados de buscas na Coréia do Sul

Juliana Rodrigues, Grupo 8

Sistema de verificação de idade vai restringir acesso de conteúdo adulto para pessoas com 19 anos ou mais em país asiático.
O Google vai acrescentar um sistema de verificação de idade na Coréia do Sul até o final deste ano para que resultados de buscas com conteúdos adultos sejam acessados apenas por quem tem 19 anos ou mais.
Os usuários terão que verificar a idade quando realizarem pesquisas na internet por um grupo de aproximadamente 700 palavras que os juízes coreanos julgaram relacionadas a conteúdos adultos.
Os coreanos terão que informar o nome e o número nacional de registro de residente, que será checado em um banco de dados para verificar se o usuário, ao menos a pessoa que informou aqueles dados, tem idade para acessar o conteúdo.
O sistema vai ser integrado com uma versão adaptada do SafeSearch, que é usado pelo Google em países de língua inglesa para entender determinados contextos das consultas.
A censura deve começar a partir de 1º de setembro.
Sistemas similares são usados pelos principais portais de buscas da Coréia.

Por Martyn Williams, editor do IDG News Service em Tóquio, em 17/05/2007. http://pcworld.uol.com.br/noticias/2007/05/17/idgnoticia.2007-05-17.7653463462

segunda-feira, 21 de maio de 2007

Blog X Jornalismo

Rebeca Montenegro, Grupo 8

O grupo do blog "mídia alternativa" postou uma matéria interessante, relacionando o papel do blog de hoje com o papel do jornalismo - Blog x Jornalismo : O que vem por aí?

No post, assistam ao documentário ficção "EPIC 2014", clicando na foto do criador da world wide web - Tim Berners-Lee.
O vídeo mostra, entre outras coisas, que o Google está entre as três grandes empresas que assumem o comando das informações, passando a manipular o universo virtual da notícia.

Vale a pena conferir: http://midiaalternativabypc.blogspot.com/2007/05/blog-x-jornalismo-o-que-vem-por.html

Tá no blog do PC

Rebeca Montenegro, Grupo 8

Eu odeio vírus!

Um em cada 10 sites no Google põe PC em risco.
Uma em cada dez páginas de sites na internet, analisadas em um estudo realizado pelo Google, contém códigos que podem infectar computadores.
Pesquisadores da empresa fizeram uma análise detalhada de 4,5 milhões de páginas na internet intitulada The Ghost in the Browser
(O Fantasma no Browser).
Desse total, 450 mil páginas tinham a capacidade de abrir no computador do usuário sites que instalam programas sem o consentimento do internauta. A instalação automática de programas sem o consentimento do usuário é uma maneira cada vez mais comum de infectar um computador com vírus ou roubar informações confidenciais. Para enfrentar o problema, os pesquisadores anunciaram que a empresa lançou um projeto que vai identificar todas as páginas da internet que possam apresentar riscos do tipo.
De acordo com a equipe de pesquisadores, o usuário é atraído para links que prometem acesso a páginas "interessantes" com material pornográfico ou programas de computador protegidos por direitos autorais, por exemplo. A maioria aproveita brechas de segurança no programa de navegação na internet da Microsoft, o Explorer, para se auto-instalar. Alguns desses programas instalam barras de ferramentas no computador do usuário ou mudam a lista de sites favoritos. Em outros casos, no entanto, o dano é mais grave, e senhas ou outras informações confidenciais são roubadas.
O estudo também concluiu que é possível "seqüestrar" servidores, assumindo o controle e, posteriormente, "infectando" todos os sites ali baseados. Em um teste, o computador dos pesquisadores foi "infectado" por 50 diferentes programas após visitar uma página controlada por um servidor "seqüestrado".
O Google, a ferramenta de busca mais acessada na Internet, já tenta alertar usuários sobre o problema, exibindo, ao listar certos sites, a mensagem: "este site por prejudicar seu computador".

quinta-feira, 17 de maio de 2007

Código de Conduta para Blogs

Por Regina Luft
Saiu a um tempo atrás no caderno do InfoGlobo esta matéria que tem como propósito mostrar como deve ou deveria ser a convivência nos blogs.

A matéria chama atenção para uma coisa que existe no meio da Blogosfera e que as pessoas acham aceitável, que é a falta de respeito entre a pessoa que faz o blog e os seus visitantes. O visitante de hoje tem um temperamente um tanto quanto arisco e com isso fere o blogueiro, deixando para ele, comentários muito desrespeitosos e até mesmo ameaças de morte.
Pois e agora você escreve, a pessoa não gosta e lhe ameaça de morte, que foi o que aconteceu com a especialista em Inteligência Artificial, Kathy Sierra.
Foi com a aparição de casos como esses que levou o editor Tim O´Reilly a propor um código de conduta para os blogeurios e seus visitantes.


Algumas sugestões seriam:

  • assumir a responsabilidade por suas próprias palavras e reservar-se o direito de restringr comentários que não obedeçam a suas regras.
  • não dizer nada na internet que você não diria se estivesse na frente da pessoa.
    se houver conflito, trocar mensagens em particular antes de responder de forma pública.
    agir efetivamente contra ataques, quando perceber que alguém está sendo atacado injustamente.
  • não permitir comentários anônimos, nem aceitá-los assinados por pseudônimos.
    ignorar os trolls.
  • encorajar os sites que hospedam blogs a impor vigorosamente o cumprimento de seus termos de serviço.
  • manter o sigilo das fontes.
    reservar-se o direito de deletar comentários.
  • não causar dano, não prejudicar ninguém.


Esse negócio de se fazer um código de conduta já está gerando muito polêmica entre os usuários. Há quem diga que é uma boa alternativa e quem diga que serve como amarra pois cada um tem o direito de exprimir o que quer quando quer e onde quer.
Bem, isto, com certeza, é mais uma discussão sem fim, mas que vale ser pensada, pois afinal a próxima vítima de um comentário indesejável pode se você.



Fonte: Jornal O Globo

Lei para Blogs na China

Por Regina Luft
O governo de Pequim está criando uma Lei expecífica para os blogs e afirma que a lei buscará "garantir um crescimento rápido, saudável e seguro" dos blogs e podcasts na internet do país.
O que preocupa o governo asiático é o caráter liberal dos blogs e sua linguagem nem sempre educada, ou os assuntos nem sempre familiares.
As opniões, novamente, se misturam já que tem quem ache que ter leis para os blogs controlará comentários e posts indelicados para sociedade chinesa.


Fonte: Revista Megazine

Apenas 2% da blogosfera fala português

Por Regina Luft
Esta notícia estava a um tempo atrás no blog do Pc, foi o aluno Felipe Cerolim que passou para ele achei muito interessante e legal para publicar.
"O Brasil é campeão de horas on-line e os brasileiros dominam ferramentas como Orkut e MSN, mas quando o assunto são os blogs o país passa longe da liderança. De acordo com um levantamento divulgado em abril pelo site Technorati, que monitora blogs em todo o mundo, o português corresponde a apenas 2% da blogosfera -- apesar de aparecer entre os 10 idiomas mais "blogados". Este universo é dominado pelo japonês, que tem 37% dos posts, seguido de perto pelo inglês, com 36%.
Os outros idiomas que estão entre os mais utilizados são o chinês, com 8%; o italiano e o espanhol, com 3% cada; russo e francês com os mesmos 2% que o português; e alemão e persa, com 1%. O persa é a novidade da lista, impulsionado pelo crescimento no número de blogueiros do Oriente Médio, especialmente no Irã. A porcentagem restante, 5%, é composta por outros idiomas em menor proporção.
A baixa representatividade no universo dos blogs em relação à quantidade de pessoas que falam português no mundo pode ter explicação no modo como se utiliza a internet no Brasil, país que responde pela maior parte dos falantes do idioma. "O consumo da web aqui é muito mais passivo. Uma coisa é ter acesso, outra é usar o ciberespaço como ferramenta da expressão. Apesar da popularização do PC e da internet, o aprofundamento ainda é muito superficial", explica Fábio Flaschart, professor da área de internet do Senac São Paulo
"Antigamente, o blog era apenas um diário digital. Hoje empresas, meios de comunicação, professores e outros profissionais constróem suas páginas nesse formato. Com isso, aumentam sua inserção entre os usuários", acrescenta Flaschart. O horário e a quantidade de postagens também são dados interessantes para mostrar como atua a comunidade dos blogs em cada idioma. Os posts em inglês e em espanhol costumam aparecer de maneira semelhante em todos os horários do dia, ao contrário dos em japonês, chinês e italiano, que têm publicações mais restritas a determinados períodos do dia, confirmando sua menor distribuição geográfica no globo. Com o monitoramento dos horários das postagens feito pelo Techorati, observou-se também que há uma grande quantidade de blogueiros utilizando o horário de trabalho para colocar conteúdo na web. "
Fonte : G1

Blogs completam uma década

Por Regina Luft
Foi em abril, há dez anos, quando o especialista em informática Dave Winer começou a escrever um diário na internet que seria conhecido como weblog - termo criado por Jorn Barger - e, atualmente, blog. Existe a polêmica se Winer foi ou não o primeiro blogeiro (Barger também é citado como o pioneiro com seu robotwisdom), mas parece certo acreditar que somente com Winer e seu Scripting News a interatividade e o que hoje nos acostumamos a ver como blogs foram finalmente consolidados.
Desde então, os blogs caminharam lentamente para assumirem um papel cada vez mais ativo na mídia convencional. Os grandes portais convidaram vários jornalistas e especialistas para criarem blogs em seus domínios enquanto profissionais como o jornalista Ricardo Noblat passaram a usá-los como mais uma ferramenta de trabalho.Jornais e blogs .
No início do mês Silvio Meira, cientista-chefe do Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (C.E.S.A.R) e blogueiro do Portal G1, lembrou que houve outra situação semelhante à revolução dos blogs antes mesmo do advento dos microcomputadores. Isso ocorreu com a idéia do ourives Johannes de Gutemberg, que criou uma prensa capaz de livrar a cópia de textos da tradicional forma de disseminação através de manuscritos que monges copiavam a mão. Dali para frente a publicação de textos tornou-se mais veloz e rápida. No ambiente virtual , os blogs permitiram que qualquer usuário da internet publicasse seus textos mesmo que não soubesse nenhuma linguagem de programação.
"Em um futuro relativamente próximo, creio que blogueiros poderão se sustentar com as rendas de seus blogs. Principalmente por conta de receitas publicitárias, uma vez que o mercado paulatinamente tem se conscientizado de que blogueiros, por arregimentarem leitores fiéis, são mais eficazes junto a determinados nichos específicos do que muito banner de portal", afirma Alexandre Inagaki, jornalista e autor do blog Pensar Enlouquece.
Para ele, a blogosfera conseguiu agregar formadores de opinião que publicam textos sem os vícios da mídia tradicional.Profissionalização "Acompanhei o crescimento e a profissionalização dos blogs, na verdade acompanhei o próprio nascimento deles, então tinha uma boa idéia do potencial. Quando vi que havia uma estrutura de publicidade já funcionando no Brasl - o Google AdSense - percebi que o blog estava pronto pra dar dinheiro", revela Carlos Cardoso, visto na blogosfera como o primeiro problogger (aglutinação de professional blogger ou blogueiro profissional) brasileiro com o seu Contraditorium, que trata exatamente de como transformar blogs em veículos rentáveis. Cardoso lembra que só começou seu blog quando passou a acreditar que eles poderiam dar dinheiro.
"Na verdade já dava, mas ao invés de 100 dólares em um blog, eram 100 blogs ganhando um dólar", explica. Em outras partes do mundo, blogs que sustentam seus donos já rendem através de anúncios online, mas no Brasil isso ainda não é tão freqüente.Amadurecimento Ataques terroristas e as recentes guerras ajudaram a fortalecer o blog como mídia. Blogueiros de Nova Iorque conseguiram manter internautas informados enquanto portais tiveram problemas devido ao excesso de acesso durante o ataque às torres gêmeas em 2001. Para o jornalista Raphael Perret, mestre em Informática e pesquisador de comunicação online, outro bom exemplo de ação que consolidou a credibilidade dos blogs foi o Salam Pax, que falava sobre as dificuldades da vida no regime iraquiano de Saddam Hussein e tornou-se porta-voz dos civis iraquianos durante a guerra do Iraque, em 2002.
"Sem dúvida, uma série de episódios contribuiu para o avanço da popularidade dos blogs. No Brasil, destaco: o oferecimento de serviços de hospedagens pelos grandes portais, a publicação de colunas sociais sobre blogs nos suplementos de informática dos jornais, com a atitude pioneira do Jornal do Brasil (2001); e o lançamento de blogs pelo Globo Online, mantidos por seus jornalistas e colunistas (2003)", afirma Perret que também é autor dos blogs Butuca Ligada e Tá na tela.
De acordo com ele, estas ações apresentaram o blog aos chamados soft users, ou seja, usuários que navegam por pouco tempo na internet. Desde então, vários jornalistas passaram a assumir o blog como uma extensão do seu trabalho ou como uma forma de publicar os textos que quisessem sem a necessidade do crivo de um editor. No Comunique-se, a ferramenta Blog-se passou a ser a casa dos textos do quadrinista Miguel Paiva ou uma extensão da divertida coluna Jornal da ImprenÇa de Moacir Japiassu.Coluna eletrônica .
"Acho que cada um tem um motivo para manter um blog, depois que a ferramenta deixou aquela imagem de diário adolescente para transformar-se, pelo menos entre os jornalistas, num instrumento de exposição de idéias, notícias, comentários, ou seja, numa grande coluna eletrônica. No meu caso, o interesse é manter viva a discussão sobre assuntos que envolvam a cobertura policial", explica o jornalista Marco Zanfra, autor do Manual do Repórter de Polícia e do blog Repórter de Polícia. Zanfra lembra que, enquanto o manual, apesar das atualizações, é uma obra estática, o blog pode ser uma ferramenta para que colegas do meio mantenham-se constantemente atualizados e para que possa ser usada junto com outros trabalhos.
Para Cardoso, escritor de livros de informática e ex-redator publicitário, a carreira de blogueiro pode ser ainda mais promissora do que outras. Mesmo com tantos jornalistas na blogosfera, os blogueiros precisam saber mais do que montar o lead ou conduzir uma entrevista. De acordo com o blogueiro, um jornalista medíocre pode ser capaz de cumprir funções simples por anos em um grande veículo. A mesma regularidade não valeria se ele quisesse se sustentar pelo seu blog.
"Em um blog, ele jamais conseguirá destaque se não for bom. A principal vantagem - não ter um veículo por trás- se torna a maior desvantagem, se você for um jornalista sem grandes arroubos criativos, estilo ou imaginação. No ambiente da blogosfera acontece um darwinismo diferente. Há espaço para todos, mesmo os mais inaptos, mas isso só quer dizer que seu blog terá o direito de existir, não que alguém vá lê-lo".Fonte: Comunique-se

terça-feira, 15 de maio de 2007

ENTREVISTA COM JORGE ANTÔNIO BARROSSUBEDITOR DE CIDADES - O GLOBO

parte 1
Por Danúbia Almeida



“Eu sou novo em blog, estou fazendo um blog desde agosto de 2005 ...”

- Como é que surgiu, particularmente, o jornalismo na sua vida e como começou a tratar do assunto policial dentro do jornalismo?

Meu sonho era ser crítico de artes plásticas, e quando eu comecei a fazer jornalismo, eu morava em Benfica. Na verdade, as redações do Rio refletem um público de classe média, branca, sem nenhum racismo nisso, é até uma coincidência econômica.
Se você fosse ver as redações em 81, há 25 ou 26 anos, isso não se democratizou , é mais ou menos isso mesmo que está aqui, classe média e branca. Globo até nem tanto na zona sul, mas tem muito na zona norte, Niterói também. Já no JB, na década de 80, era uma redação, como se diz, bem elitista, só tinha um negro eu acho, que era o repórter J. Paulo da Silva que por acaso fazia polícia também.
Ou seja, quando você entrava numa redação assim, você primeiro ia para a reportagem geral, na época se chamava reportagem geral, e dentro da reportagem geral a tendência era você fazer polícia. Porque a cobertura de polícia, sempre foi renegada as pessoas com menos poder aquisitivo na redação; pelos próprios riscos da cobertura, pelas origens, pelas ligações, pelos contatos que se faz, porque também exige um jogo de cintura que os outros repórteres às vezes acabam perdendo.
Eu sempre considerei a reportagem de polícia, que hoje eu chamo de reportagem de crime, como uma escola importantíssima do jornalismo, os grandes jornalistas que já passaram por aí, alguns até morreram, como o Carlos Castelo Branco, que era um grande colunista político do Jornal do Brasil, por exemplo, foi repórter de polícia, e outros tantos aí você vai ver, em algum momento feliz, passaram pela reportagem de polícia, o que eu continuo achando, ainda, que seja a escola do jornalismo, impresso principalmente. Você pode começar na TV, você pode começar no rádio, e hoje em dia você pode até começar na internet; mas se você começa na parte de reportagem de crime no jornal impresso, você tem mais chance de entender, melhor, como funciona a coisa da reportagem, e que ela é o coração do jornal.
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" Eu sempre considerei a reportagem de polícia (...) como uma escola importantíssima do jornalimo."
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O repórter e a reportagem são, a meu ver, o coração do jornal; ou seja, os melhores jornais vão ser aqueles que têm as melhores reportagens e os melhores repórteres. Você pode ter tudo, bons colunistas, bons comentaristas, grandes editores, mas o repórter e a reportagem continuam sendo o motor principal desse negócio chamado jornal. É isso que faz a diferença, é por isso que você vai ver no jornal aquela matéria exclusiva, aquele furo, aquela grande reportagem que levou, ás vezes, dois meses para ser feita; é preciso material humano para isso, de gente que goste de reportagem, que faça a reportagem, e a reportagem é uma escola dentro do jornal. E eu acho que a escola inicial da reportagem está na cobertura de crime.
Quando eu cheguei à redação, meu sonho era fazer, na época, o Caderno B, e era fazer realmente artes plásticas. Eu comecei a ler o jornal (aprendi a ler jornal com meu pai) pela parte de notícias culturais, na época era o Caderno B era a grande revolução do jornalismo cultural do país, que hoje não é a sombra do que foi na década de 70 até a década de 80. Esse caderno era maravilhoso, tinha a nata da intelectualidade, dos colunistas. Então, eu gostava muito de artes plásticas, sempre gostei de cinema, então eu queria fazer aquilo, e quando eu cheguei à reportagem não tinha ninguém que me protegesse e que falasse: ‘olha, tem uma vaga para você no Caderno B’, senão eu teria ido. Eu fiquei onde eu tinha chance. Comecei quando consegui o estágio no JB! Eu não tinha padrinho, não tinha pistolão nenhum, naquela época não tinha concurso, hoje O Globo faz um concurso para estagiário, naquela época não tinha concurso, era você chegava à redação e: quem te indica?
(continua)
EM BREVE A CONTINUAÇÃO DESTA ENTREVISTA CONTANDO COMO JORGE ANTÔNIO BARROS CONSEGUIU O ESTÁGIO NO JB

segunda-feira, 14 de maio de 2007

Mania lá fora, blog corporativo ganha espaço no Brasil

Quase todo o mundo já se acostumou a visitar um blog criado por alguém interessado em debater sobre os temas mais diversos com amigos ou desconhecidos. Agora as empresas estão de olho nas vantagens destes diários virtuais, capazes de promover interação real com o público em geral e de fidelizar uma audiência específica. Adotados por empresas como Ford, Microsoft, Apple, Oracle e Macromedia, os blogs chamados corporativos já são fenômeno nos

Estados Unidos e estão conquistando mais espaço nas empresas brasileiras, embora ainda de forma tímida .

Entre os exemplos das empresas que atuam no país e que adotaram a ferramenta para falar mais diretamente com clientes estão a construtora Tecnisa ( http://www.blogtecnisa.com.br ), o banco HSBC (http://www.hsbc.com.br ) e a IBM. Esta última já acumula alguns anos com blogs.

- No Brasil o blog está no ar há pouco mais de dois meses e confesso que não esperava uma respos ta tão alta e rápida em tão pouco tempo. Quem deixa comentários tem muita propriedade. Acredito que é uma tendência e que todas as empresas, mais cedo ou mais tarde, vão adotar os blogs, como aconteceu com a internet na década de 90 - afirmou Cesar Taurion, gerente de novas tecnologias aplicadas da IBM Brasil. Taurion trouxe ao país o hábito e dedica de 30 minutos e uma hora por dia ao blog corporativo, onde discute sobre tendências e inovações com analistas e desenvolvedores .

A fórmula internacional que o Brasil está aplicando é simples: um executivo ou um grupo de funcionários é eleito para escrever em um blog. A idéia é interagir com consumidores e abrir espaço para debates sobre mercado, não apenas referentes à empresa. Em sua área dedicada aos blogs corporativos, executivos de alto escalão da General Motors (GM) falam com o público em geral ( http://www.gmblogs.com ). Entre os blogueiros estão o vice-Chairman Bob Lutz, a vice-presidente Beth Lowery e o vice-presidente mundial de comunicação Steve Harrism, e eles discutem desde agendas de corridas e lançamentos da indústria até design e tendências no segmento.

- Foi assim com a internet na década de 90. Era novidade e hoje qualquer empresa, mesmo uma padaria na esquina, tem um site mais ou menos simples. Acho que será assim com os blogs corporativos. Serão tão comuns quanto ter um telefone - comentou Taurion.

As empresas de softwares de segurança, como a Panda, a F-Secure ( http://www.f-secure.com/weblog/ ) e a McAfee ( http://www.avertlabs.com/research/blog/ ) estão entre as pioneiras na criação dos blogs no Brasil. Neles, técnicos e especialistas falam sobre novas pragas e ameaças virtuais e dão dicas de como se prevenir contra roubos digitais.

Em entrevista por e-mail, nos Estados Unidos, o gerente de pesquisa do laboratório de segurança McAfee Avert Labs, Dave Marcus, afirmou que os blogs corporativos neste segmento são essenciais para manter a internet mais segura.

- É uma forma mais informal de comunicação que nos permite compartilhar com o mercado e com os usuários informações fundamentais em um tempo muito ágil - afirmou.

Publicado em 14/05/2007 - Globo Online

Postado por: Joana Brazil - Grupo 5

Mais uma ou duas dicas de pesquisa

Rebeca Montenegro, Grupo 8


"Será que tem tanta gente assim que não faz a mínima idéia de como usar o Google para realmente achar o que procura?Olha só como esse gugonauta-descontrolado chegou aqui no BdA:video da cena da casa das sete mulheres em que a personagem de Samara Felipo se entregExatamente dessa forma... sem aspas, sem palavras-chave, sem uma ajudinha sequer para o incompreendido Google! Reparem que a pesquisa foi cortado no meio... Ele excedeu o limite máximo de caracteres!!! Quem sabe até aonde iria essa frase? Isso sem contar que ainda escreveu o nome da pseudo-atriz errado! Todo espectador-de-programas-vespertinos-de-televisão sabe que o correto é Samara Felippo! Com dois P! (...) Ah... assim não tem Santo que ajude..."

O texto acima está no blog Bicho de Asfalto , aqui reproduzido porque é de fato um espanto que alguém espere ter sucesso com uma proposição de busca tão descabelada... O Google ainda não tira leite de pedraUmas das mais garantidas formas de obtenção de resultados precisos no Google é apresentar uma frase inteira. Entre na página principal do Google , e digite "Olha só como esse gugonauta-descontrolado chegou aqui no BdA", assim mesmo, entre aspas. Virá um resultado: o blog Bicho de Asfalto.Mas qual a utilidade de tal recurso? Suponhamos que você queira reproduzir uma frase bonita que leu em Clarice Lispector, mas não lembra em que livro e só reteve um trecho. Digamos: "Terei que correr o sagrado risco do acaso". Você digita esse trecho, sempre entre aspas, no campo do Google. E pronto: virá um resultado, o blog Vida em Rascunho, de Beatriz Rinaldi. Para encontrar a frase na página, que os blogs são compridos, tecle Ctrl + F e digite "sagrado": a busca do seu navegador leva diretamente ao que procuramos – "Terei que correr o sagrado risco do acaso. E substituirei o destino pela probabilidade". Além da informação de que a frase está em A paixão segundo G.H..Nesta edição do Observatório um leitor confessa temer que tão poderosa ferramenta de busca estimule nos jovens a tentação do copiar e colar. Pois o Google também é amigo do professor: basta escolher uma frase "suspeita" no trabalho escolar. Se houver, o plágio será facilmente identificado – o que, no fim das contas, resulta em lucro para o próprio estudante, mesmo que ele passe a considerar o Google um bom "amigo da onça".
Recursos eficazes
1) Você fez uma busca que retornou um resultado apenas. Quando abre a página, frustração: fora do ar. Não se desespere: clique no link "Em cache", e será possível ver a página no momento em que foi indexada pelo Google. Sua busca estará salva se a informação que você procura não estiver na página atual, indisponível.
2) Você chega a uma página muito interessante, e gostaria de conhecer os demais locais do sítio, mas um webmaster descuidado não deixou link para a "home", a página principal. Na barra de endereço, vá cortando, da direita para a esquerda, os estágios separados por barras <.../link 1/link 2/link 3/...>. Esse truque não serve apenas para o Google, claro, mas com certeza permite que se achem dados extras na pesquisa.
3) Nesta página é possível abraçar de vez o amigo Google, instalando sua barra de ferramentas no navegador, para ter bem à mão os botões "Buscar Web", "Buscar neste Site", Busca Direta" e Buscar Imagens" – além do botão "Google", que dá acesso a todos os recursos da barra. É facílima de instalar, mas é bom ler a FAQ (perguntas e respostas mais freqüentes) do sistema.4) Por mais que a busca avançada seja "equipada" para resultados precisos, há bons recursos na busca simples do Google: além do botão principal [Pesquisa Google], há um importante botão de busca direta da página, chamado "Estou com sorte". Sabendo-se o nome exato de uma empresa, por exemplo, clicando neste botão chega-se ao sítio desejado (isto é, se a página for bem construída, com seu metaname (o nome que os motores de busca "lêem") bem posicionado e em linguagem correta (daí a necessidade da sorte!).

Os demais recursos são:
** Buscar em toda a web;
** Buscar imagens (também com pesquisa avançada);
** Buscar grupos de discussão da Usenet;
** Buscar categorias no Diretório do Google, para pesquisa ao estilo Yahoo!

Nesta página ainda há outros links importantes: para a busca avançada, para a ferramenta de idiomas (ideal para a tradução de pequenos trechos) e, principalmente, para as Preferências.5) Nas preferências, desmarque a bolinha "Pesquisar páginas da Web escritas em qualquer idioma (Recomendado)". É uma recomendação inútil para quem está atrás apenas de textos: de que adianta chegar a páginas em croata ou islandês, se você só lê inglês, francês, espanhol ou italiano? Marque a bolinha "Pesquisar somente nos idiomas selecionados", e escolha os de sua intimidade. Quando estiver buscando fotos ou imagens, volte à configuração original: você pode achar o logo que procura numa TV árabe! Nesta página você também pode optar por "Abrir uma nova janela para os resultados da pesquisa", que facilita a volta às primeiras páginas de resultados.
Com essas instruções mais do que simples será difícil alguém falhar numa busca. Mas isso acontece – por exemplo, com aquele fã doidinho de Casa das Sete Mulheres. Mesmo "com dois P!" não foi possível, infelizmente, achar um improvável vídeo da cena em que "a personagem de Samara Felippo se entreg..."! Até "São Google" tem limites.

Por Marinilda Carvalho, Observatório da Imprensa

Fraude do clique

Juliana Rodrigues, Grupo 8

Recentemente, o Google tem enfrentado um problema que tem assustado um pouco seus investidores. Vou falar um pouco do problema e explicar como ele funciona e porque não se deve preocupar tanto com isso.
Sobre a fraude do clique no Google. Como funciona:
Você cria um website falando sobre qualquer coisa. Cadastra no Google Ad-words e poe os Ads (anúncios do Google) no seu site. Então, a partir desses banners do Google, você gera cliques falsos, fingindo ser um visitante seu clicando, para ganhar dinheiro.
Maneiras que você poderia tentar para burlar e porque elas não funcionam:
1. Clicar várias vezes nos links:Toda conexão com a internet possui um chave fixa chamada "ip". O ip é o que garante que você é você. Esse endereço te denunciará caso você clique excessivamente nos banners. Isso é fácil de detectar.
2. Usar proxyAi você pensa: vou usar um proxy. Mas será que isso adianta? O proxy que você usa também tem um ip. Vários cliques por esse ip também te denunciarão.
3. Clicando todo dia ou pedindo cliques a amigosBom, dessa maneira você vai me falar que não tem como o Google detectar. Mas ai que eu digo: tem. Existem várias maneiras de se burlar um sistema, mas tudo que a gente faz a gente usa um padrão. É difícil imitar automaticamente vários padrões de comportamento, assim como é difícil esconder sua personalidade por muito tempo.Do mesmo modo, assim que você começar a clicar sempre nos links, rapidamente você -e quem mais tiver te ajudando- será descoberto.Ele descobrirá que você sempre clica e ninguém mais.
Mas, por quê?
Porque quando fazemos as coisas nunca a fazemos do mesmo modo. Ainda mais quando se estuda uma população grande. Ela tem comportamento aleatório, muito variável. Num mês você pode ter 100 visitas de uma pessoa e no outro 0. Não da pra saber só por estatística que essa pessoa te visitará sempre algo em torno de 100 visitas/mês, porque existem variáveis demais nas nossas vidas.
Um site com 3mil visitas únicas mês (100 por dia, em média), que é um número relativamente baixo, geraria uma combinação tão ampla de cliques nos banners durante o período de um mês, que precisaríamos dos mesmos 3mil para reproduzir algo parecido. E isso é a base desse sistema eficiente, responsável por 99% do lucro do Google.
Desse mesmo modo, existem 'n' maneiras de se saber quando alguém esta burlando algo. É claro que sempre vão existir os mais espertos, que sempre conseguem tirar uma pontinha de vantagem, mas fora esses raros casos, você será pego.
Então, assim que você e seus amigos passarem a clicar sempre, o sistema irá desconfiar e irá cancelar sua conta. É só ler os termos para ver. E, apesar de mais de 50% do lucro dos anúncios irem para o site que os abriga (seu site), o Google tem um sistema seguro o suficiente para garantir que cliques falsos não sejam gerados.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/dinheiro/fi0204200617.htm

sexta-feira, 11 de maio de 2007

Maior jornal do mundo

Bernardo Seabra

Ontem, dia 9 de maio, durante o jornal da Band, em um de seus intervalos uma propaganda chamou muita atenção. Era totalmente narrado em inglês e com legendas em português e, além disso, vem de encontro ao propósito desse blog. Era o comercial de um jornal, mas não um jornal qualquer. O "Metro" foi criado na Suécia em 1995, mas desde sua criação tem uma coisa de peculiar para outros jornais. Ele é distribuído de graça pelas ruas. Em janeiro de 2007, já eram 70 edições em mais de 100 cidades diferentes de 19 países, se tornando o maior jornal do mundo com 18,5 milhões de leitores diários. Se eles estão fazendo comerciais aqui, em breve ele deve pintar nas ruas do Rio ou de São Paulo. Vale a pena dar uma conferida no site: http://www.metro.lu
Na segunda feira, será publicada, no nosso blog, a entrevista com Jorge Antônio Barros, do jornal o Globo. Não deixa de conferir.

Tecnologia da informação
A internet e a mídia impressa

Aluízio Batista de Amorim*


Nos idos de 1971, quando iniciei a carreira jornalística jamais poderia imaginar o avanço que os veículos de comunicação poderiam experimentar nas duas décadas subseqüentes. Minha primeira experiência profissional conheceu uma impressora rotoplana, linotipo e clichês. Um ano depois, olhei maravilhado para a performance da impressão em off-set de um jornal e, mais ainda, o sistema de foto-composição a frio que utilizava um sistema composer IBM, um arremedo de computador. Depois, vi um teletipo da Associated Press enviar em tempo quase real, o noticiário da guerra do Vietnã em boletins extraordinários desde os confins da Ásia. E, mais ainda, vibrava com as telefotos, transmitidas em onda curta, através de uma geringonça que emitia uma série de sinais e impregnava o papel fotográfico sensível com as imagens das mais diversas partes do mundo. Entretanto, o sistema sofria com qualquer interferência de descargas elétricas da natureza, turvando as fotos e truncando os textos que eram transmitidos pelo velho teletipo. Logo depois, o telex aposentava o teletipo e surgia a telefoto através da linha telefônica, banindo os barulhentos receptores das agências. Depois...., bom, depois a ciência disse-nos, finalmente, a que veio. Nesses 27 anos de vida profissional pude conhecer o que seja, talvez, o maior avanço da história da humanidade na área da comunicação. São apenas menos de três décadas, um lapso de tempo diminuto na história do progresso científico, e milimétrico na história da civilização. A velocidade em que se deu os avanços tem um aspecto vertiginoso que deslumbra e amedronta, que constrói e se supera numa cadência louca e autofágica.De todos esses progressos a que aludimos e que têm como carro-chefe o computador e a descoberta dos chips, das fibras óticas e de toda a parafenália tecnotrônica que hoje faz parte do nosso dia-a-dia, a Internet é talvez a invenção que veio não só revolucionar a difusão da informação, como também para demolir conceitos e velhos paradigmas, muitos deles sustentados no anonimato dos segredos que servem à dominação política. Veja-se por exemplo, o fato da censura à Imprensa que nos sufocou no tempo da ditadura militar. Esta por si só é uma faceta do estrago que a Internet faz nos meios tecno-burocráticos, que vivem mais dos "segredinhos" de grupelhos encastelados nas organizações, do que de competência e criatividade. A Internet, na minha opinião, proclama um rotundo "não" à hipocrisia de uma sociedade que por muito tempo foi manipulada pela mentira sistemática de grupos dominadores.É possível, a partir destas breves reflexões, estabelecer um paralelo entre a mídia impressa - jornais principalmente e revistas de informação - e a Internet. Ouso afirmar que ao contrário do que se pode imaginar num exercício de futurologia, as duas mídias - Internet e Imprensa - estão longe de ser antagônicas. Antes vivem a mais perfeita simbiose. A conjugação dos dois veículos contribui, ainda mais, para que se chegue a acurácia no processo informativo. Enquanto a mídia impressa tem uma natureza essencialmente documental, a Internet é uma espécie de guardiã da liberdade da informação. É o veículo que é capaz de interagir com o leitor ou internauta. Ela pode ser o veículo de uma mentira, mas é capaz de devassar com inaudita rapidez os mais recônditos espaços, velando para que na mídia impressa escape à sanha dos mentirosos, preservando seu caráter documental.Entretanto, estabelecer algum tipo análise entre esses dois veículos de comunicação é assunto que nos remete aos mais variados links, para usar um jargão dos internautas. E, como a ciência não tem qualquer tipo de anteparo à sua evolução, as linhas que esboçamos aqui se reduzem, apenas, a uma vaga, tímida e insuficiente divagação. Os links são infinitos.

*Aluízio Batista de Amorim Jornalista é mestre em Direito pela UFSC e atualmente Chefe do Departamento de Comunicação do Sistema FIESC

sexta-feira, 4 de maio de 2007

Microsoft quer comprar Yahoo para desbancar Google

Juliana Rodrigues

A Microsoft intensificou sua busca por um acordo para comprar o Yahoo Inc., informaram o New York Post e o Wall Street Journal na sexta-feira, à medida que as duas empresas retomaram converações em meio ao forte crescimento do rival Google.
As ações da Yahoo saltaram 14,6%, para US$ 32,20 no pregão eletrônico da sexta-feira, enquanto os papéis da Microsoft caíam 1,4%, para US$ 30,53.
As duas companhias mantiveram conversas informais nos últimos anos. Mas a aproximação mais recente vem em um momento em que a Microsoft tenta alcançar um acordo para fazer frente à expansão do Google.
Tem sido falado por um longo tempo, desde que o Google apareceu no cenário. Não posso imaginar um acordo mais perfeito", disse Peter Lobravico, vice-presidente de arbitragem de risco da corretora Wall Street Access.
Site Terra, Fonte: Reuters em 04/05/2007

A internet ficou pequena

Rebeca Montenegro, Grupo 8

O presidente mundial do Google diz que a web não é mais suficiente para manter o crescimento da empresa. E prepara novos produtos para TV, rádio e celular
Eduardo Vieira
Quando o americano Eric Schmidt assumiu a presidência do Google, em 2001, o site não passava de um sistema de buscas no meio de tantos outros na internet. Hoje, além de ser considerado a empresa mais inovadora e valiosa do mundo, cotada em US$ 147 bilhões na Bolsa de Nova York, o Google tornou-se um fenômeno cultural. Grande parte desse sucesso se deve a Schmidt, de 51 anos, que foi convidado pelos fundadores do Google, Larry Page e Sergey Brin, para profissionalizar o comando. Em sua gestão, o faturamento da empresa passou de US$ 439 milhões para US$ 10,6 bilhões, um aumento de 2.300%. O lucro saltou de US$ 99,6 milhões para US$ 3 bilhões. Mas, à medida que a empresa fica maior, seu ritmo de crescimento diminui. De 2004 para 2005, o Google cresceu 400%. De 2005 para 2006, cresceu 73%. Para Schmidt, isso significa que é preciso inventar algo. Nem que, para isso, o Google tenha de buscar alternativas fora da internet. "Vamos procurar novas oportunidades para crescer, onde quer que elas estejam", disse Schmidt a ÉPOCA durante uma visita ao escritório brasileiro do Google, em São Paulo.

SOBRE ERIC SCHMIDT:
O QUE ESTUDOU?
Formado em Engenharia Elétrica pela Universidade Princeton, é ph.D. em Ciência da Computação pela Universidade da Califórnia, em Berkeley, nos Estados Unidos
O QUE FEZ?
Trabalhou na Xerox, na Lucent e chefiou os Laboratórios Bell. Foi diretor de tecnologia da Sun Microsystems e da Novell. Foi convidado para presidir o Google em 2001. É o 116º homem mais rico do mundo, segundo a revista Forbes, com uma fortuna estimada em US$ 6,2 bilhões

ÉPOCA - Nenhuma empresa cresce tanto quanto o Google. Qual é o segredo?
Eric Schmidt - Não tenho uma boa resposta para essa pergunta. Nosso crescimento foi uma surpresa para todos. Acho que nos tornamos um fenômeno por causa de nossa missão, de levar todo tipo de informação para todos. Crescemos junto com o uso da tecnologia. Há cada vez mais pessoas usando internet, banda larga e celulares. Não só nos Estados Unidos, mas em todo lugar. O Brasil, por exemplo, é o país que mais cresce para o Google no mundo. Nossa missão é continuar a crescer e oferecer novos serviços ao público.

ÉPOCA - Alguns analistas afirmam que o Google é festejado demais. Que vive numa bolha prestes a estourar. O que o senhor diz sobre essa avaliação?
Schmidt - Acho que o Google tem um desafio grande de administrar seu sucesso e continuar a crescer. Nós nunca fomos perfeitos. Não somos perfeitos. Nem seremos. Cometemos erros. O que fazemos melhor que os outros, talvez, é corrigir nossos erros tão rapidamente que quase ninguém percebe. Portanto, a resposta é não. Não há uma bolha. Não acho que o Google seja festejado demais. Teríamos um problema sério se usássemos nosso poder para tratar mal os usuários. Mas não fazemos isso. Se mantivermos a capacidade de respeitar e tratar bem os internautas, oferecendo serviços relevantes, vamos continuar fazendo sucesso.

ÉPOCA - O senhor disse que o Google comete erros. Qual foi o maior deles?
Schmidt - Somos criticados por tudo. Mas nosso maior erro foi nos mover de forma vagarosa em algumas áreas em que poderíamos ter ido mais rápido. Não direi quais, obviamente. No resto do tempo, cometemos erros pontuais, comuns a qualquer empresa. Há algumas semanas, por exemplo, cometemos um na China (o Google admitiu que plagiou um programa usado pelo site Sohu.com, seu maior concorrente naquele país). Pedimos desculpas aos usuários.

ÉPOCA - O Google é muito criticado por depender de um único modelo de negócios, baseado totalmente em publicidade on-line. É um ponto fraco da empresa?
Schmidt - A propaganda on-line representa 97% ou 98% de nossas receitas. Não podemos abandonar uma fonte tão grande quanto essa, que nos rendeu US$ 10 bilhões no ano passado. Mas sempre pensamos em alternativas.

ÉPOCA - Quais?
Schmidt - A primeira é o Google Apps, um serviço que oferece software na internet para empresas. Ele está indo muito bem e poderá representar uma grande fonte de receitas para nós no futuro. Além disso, estamos estudando formas de ganhar dinheiro com anúncios em outras mídias, como o rádio e a TV. Já temos pilotos nos Estados Unidos. Tentamos lançar produtos que tinham a ver com mídia impressa no passado. Erramos e mudamos. Agora vamos tentar de novo. Essa é nossa filosofia. Se um produto não dá certo, mudamos e tentamos consertar os erros. Em outras empresas, se uma pessoa comete um erro, ela é demitida. No Google, ela tenta de novo. Ainda estamos aprendendo como nosso modelo de negócios funciona fora da internet. Estamos trabalhando. Também acompanhamos de perto o crescimento do mercado de celulares.
ÉPOCA - Muito se fala sobre a criação de um celular do Google. É verdade?
Schmidt - Se você fizer uma busca no Google sobre o GooglePhone, verá que as pessoas estão muito confusas sobre o que nós faremos em relação a esse assunto. A razão para isso é que ainda não temos nada para anunciar. A resposta a sua pergunta é sim, pode ser que sim. E não, pode ser que não. Não falamos sobre produtos que ainda não foram lançados.

ÉPOCA - Como o Google está acompanhando o mercado de celulares?
Schmidt - Sabemos que ele é bem maior que o de computadores. Os PCs passam por um momento de crescimento espantoso no mundo todo, mas eles não são a tecnologia que mais cresce. Há 2 bilhões de usuários de celulares no mundo, contra 1,2 bilhão de usuários de internet. Nos próximos três ou quatro anos, teremos 3 bilhões de celulares em circulação. A internet ficou pequena perto dos telefones móveis. Acreditamos que grande parte dos acessos à web, no futuro, vai acontecer pelos telefones móveis. Estamos trabalhando para essa realidade. Uma aplicação óbvia é agregar nosso serviço de mapas, o Google Maps, aos celulares que têm GPS. É um caminho.

ÉPOCA - Qual será a estratégia do Google para manter o ritmo de inovação com operações tão diversificadas?
Schmidt - O segredo é dar autonomia às áreas de negócio. Um grande exemplo disso é o YouTube. Os fundadores do negócio, Steve Chen e Chad Hurley, continuam tocando a empresa sozinhos. Às vezes concordo com eles, outras vezes não. Eles são funcionários do Google, subordinados a mim. Mas eles entendem mais do YouTube que eu. Ter funcionários com autonomia para investir no que acreditam faz a diferença para os negócios do Google.

ÉPOCA - Até quando vai durar a lua-de-mel dos internautas com o Google?
Schmidt - Espero que para sempre. Cerca de 380 milhões de pessoas usam o Google todos os meses. Enquanto resolvermos os problemas desses usuários e criarmos novos produtos e serviços interessantes, seremos vistos como inovadores, jovens e valiosos. Meu desafio é manter esse status. Se perdermos a capacidade constante de transformação que nós temos, a lua-de-mel terá chegado ao fim.

Por Eduardo Vieira em 30/04/2007, Revista Época

quinta-feira, 3 de maio de 2007

Quer saber como obter sucesso? O Google dá a dica.

Rebeca Montenegro, Grupo 8

- Conexões - humano, computador, biologia - tudo é vida = rede
- Nunca comprometa seus ideais por que alguém diz que é impossível, estúpido ou perda de tempo.
- Dê o foco em mudar o mundo, jamais tenha como objetivo dinheiro. Se você servir valor, o dinheiro virá.
- Tenha uma visão saudável do impossível. Se alguém nunca fez algo nesse sentido, isso não significa ser impossível.
- Dinheiro é um problema, não uma solução. Dinheiro não consegue criar soluções, mas soluções conseguem solucionar problemas financeiros.
- Valorize a criatividade, nunca dinheiro. O futuro da sua empresa está na visão criativa, ou sua empresa nunca crescerá.
- Siga sua intuição. Não acredite na visão de outras pessoas para você, acredite apenas na sua visão.
- Velocidade é muito importante do que aparência. Um carro bonito não é tão impressionante quando é ultrapassado por um carro antigo, isso também pode ser aplicado a software.
- Crescimento orgânico é melhor. Somente cresça o quanto precisa, não gaste dinheiro em publicidade num produto que você não deixaria sua mãe usar.
- Tenha foco nos usuários, jamais faça algo que possa irritar os usuários com o intuito de fazer dinheiro, eles nunca esquecerão.
- Não quebre a confiança dos usuários, ou de ninguém.
- Gaste 20% do seu tempo livre em idéias sem se preocupar como se tornarão parte de um projeto. Se você pode fazer o mundo melhor, isso precisa ser feito, mesmo que não tenha retorno financeiro.
- Não faça inimizade com competidores no mesmo ramo. Tenha seus próprios valores e missão.
- Tenha seu próprio caminho para o sucesso.
Mensagens retiradas do livro The Google Story que relata a história de sucesso do Google.

quarta-feira, 2 de maio de 2007

Inauguração da TV Tupi.

Imagem retirada do livro "Chatô O Rei do Brasil" de Fernando Morais

Capa de um dos Livros que Fernanda está consultando para fazer um artigo

Fernanda Baldioti
Grupo 1 Televisão






segunda-feira, 30 de abril de 2007


História da fotografia

Humberto


A história da fotografia pode ser contada a partir das experiências executadas por químicos e alquimistas desde a mais remota antiguidade. Já em torno de 350 a.C., aproximadamente na época em que viveu Aristóteles na Grécia antiga, já se conhecia o fenômeno da produção de imagens pela passagem da luz através de um pequeno orifício. Alhazen em torno do século X, descreveu um método de observação dos eclipses solares através da utilização de uma câmara escura. A câmara escura na época, consistia de um quarto com um pequeno orifício aberto para o exterior.
Em 1525 já se conhecia o escurecimento dos sais de prata, no ano de 1604 o físico-químico italiano Ângelo Sala estudou o escurecimento de alguns compostos de prata pela exposição à luz do Sol. Até então, se conhecia o processo de escurecimento e de formação da imagens efêmeras sobre uma película dos referidos sais, porém havia o problema da interrupção do processo. Em 1725, Johann Henrich Schulze, professor de medicina na Universidade de Aldorf, na Alemanha, conseguiu uma projeção e uma imagem com uma duração de tempo maior, porém não conseguiu detectar o porquê do aumento do tempo. Continuando suas experiências, Schulze colocou à exposição da luz do sol um frasco contendo nitrato de prata, examinando-o algum tempo depois, percebeu que a parte da solução atingida pela luz solar tornou-se de coloração violeta escura. Notou também, que o restante da mistura continuava com a cor esbranquiçada original. Sacudindo a garrafa, observou o desaparecimento do violeta. Continuando, colocou papel carbono no frasco e o expôs ao sol, depois de certo tempo, ao remover os carbonos, observou delineados pelos sedimentos escurecidos padrões esbranquiçados, que eram as silhuetas em negativo das tiras opacas do papel. Schulze estava em dúvida se a alteração era devida à luz do sol, ou ao calor. Para confirmar se era pelo calor, refez a mesma experiência dentro de um forno, percebendo que não houve alteração. Concluiu então, que era a presença da luz que provocava a mudança. Continuando suas experiências, acabou por constatar que a luz de seu quarto era suficientemente forte para escurecer as silhuetas no mesmo tom dos sedimentos que as delineavam.O químico suíço Carl Wilhelm Scheele, em 1777, também comprovou o enegrecimento dos sais devida à ação da luz.
Thomas Wedgwood realizou no início do século XIX experimentos semelhantes. Colocou expostos à luz do sol algumas folhas de árvores e asas de insetos sobre papel e couro branco sensibilizados com prata. Conseguiu silhuetas em negativo e tentou de diversas maneiras torná-las permanentes. Porém, não tinha como interromper o processo, e a luz continuava a enegrecer as imagens.
Schulze, Scheele, e Wedgewood descobriram o processo onde os átomos de prata possuem a propriedade de possibilitar a formação de compostos e cristais que reagem de forma delicada e controlável à energia das ondas de luz. Porém, o francês Joseph-Nicéphore Niépce o fisionotraço e a litografia. Em 1817, obteve imagens com cloreto de prata sobre papel. Em 1822, conseguiu fixar uma imagem pouco contrastada sobre uma placa metálica, utilizando nas partes claras betume-da-judéia, este fica insolúvel sob a ação da luz, e as sombras na base metálica. A primeira fotografia conseguida no mundo foi tirada no verão de 1826, da janela da casa de Niepce, encontra-se preservada até hoje. Esta descoberta se deu quando o francês pesquisava um método automático para copiar desenho e traço nas pedras de litografia. Ele sabia que alguns tipos de asfalto entre eles o betume da judéia endurecem quando expostos à luz. Para realizar seu experimento, dissolveu em óleo de lavanda o asfalto, cobrindo com esta mistura uma placa de peltre (liga de antimônio, estanho, cobre e chumbo). Colocou em cima da superfície preparada uma ilustração a traço banhada em óleo com a finalidade de ficar translúcida. Expôs ao sol este endureceu o asfalto em todas as áreas transparentes do desenho que permitiram à luz atingir a chapa, porém nas partes protegidas, o revestimento continuou solúvel. Niépce lavou a chapa com óleo de lavanda removendo o betume. Depois imergiu a chapa em ácido, este penetrou nas áreas em que o betume foi removido e as corroeu. Formando desta forma uma imagem que poderia ser usada para reprodução de outras cópias.
Niepce e Louis-Jacques Mandé Daguerre iniciaram suas pesquisas em 1829. Dez anos depois, foi lançado o processo chamado daguerreótipo.
Este consistia numa placa de cobre polida e prateada, exposta em vapores de iodo, desta maneira, formava uma camada de iodeto de prata sobre si. Quando numa câmara escura e exposta à luz, a placa era revelada em vapor de mercúrio aquecido, este aderia onde havia a incidência da luz mostrando as imagens. Estas, eram fixadas por uma solução de tiossulfato de sódio. O daguerreótipo não permitia cópias, apesar disso, o sistema de Daguerre se difundiu. Inicialmente muito longos, os tempos de exposição encurtaram devido às pesquisas de Friedrich Voigtländer e John F. Goddard em 1840, estes criaram lentes com abertura maior e ressensibilizavam a placa com bromo.
William Henry Fox Talbot lançou, em 1841, o calótipo, processo mais eficiente de fixar imagens. O papel impregnado de iodeto de prata era exposto à luz numa câmara escura, a imagem era revelada com ácido gálico e fixada com tiossulfato de sódio. Resultando num negativo, que era impregnado de óleo até tornar-se transparente. O positivo se fazia por contato com papel sensibilizado, processo utilizado até os dias de hoje.
O calótipo foi a primeira fase na linha de desenvolvimento da fotografia moderna, o daguerreótipo conduziria à fotogravura, processo utilizado para reprodução de fotografias em revistas e jornais.
Frederick Scott Archer inventou em 1851 a emulsão de colódio úmida. Era uma solução de piroxilina em éter e álcool, adicionava um iodeto solúvel, com certa quantidade de brometo, e cobria uma placa de vidro com o preparado. Na câmara escura, o colódio iodizado, imerso em banho de prata, formava iodeto de prata com excesso de nitrato. Ainda úmida, a placa era exposta à luz na câmara, revelada por imersão em pirogalol com ácido acético e fixada com tiossulfato de sódio. Em 1864, o processo foi aperfeiçoado e passou-se a produzir uma emulsão seca de brometo de prata em colódio. Em 1871, Richard Leach Maddox fabricou as primeiras placas secas com gelatina em lugar de colódio. Em 1874, as emulsões passaram a ser lavadas em água corrente, para eliminar sais residuais e preservar as placas.
Fonte: www. wikipedia.org

PESQUISA SOBRE O "CADÊ" PRIMEIRO SITE DE BUSCA DO BRASIL

Dudu Amorim


O Cadê? foi a primeira empresa brasileira no ramo de buscadores, sendo fundado em meados de setembro de 1995 por Gustavo Viberti e Fabio Oliveira; hoje é um site de busca pertencente ao Yahoo! Brasil. A busca localiza além de páginas na web, imagens, vídeos, notícias e produtos em um shopping virtual. Cadê também contou com um serviço de e-mail próprio (@cade.com.br).
História
1995 O Cadê? começou como Gustavo Viberti que, inspirado pelo norte americano Yahoo! , catalogava páginas da internet e disponibilizava os endereços na sua pagina pessoal. Mas foi Fabio de Oliveira quem acreditou que a empresa poderia ter sucesso, passando a se dedicar integralmente a divulgação da página e a busca de anunciantes para seu negocio. O maior problema da empresa no seu início, segundo os próprios fundadores, era a demora para catalogar as novas páginas, já que a rede crescia extremamente rápido e todas as novas páginas catalogadas passavam por verificação humana, diferente de outras maquinas de busca, como por exemplo o Altavista, que incluíam as novas páginas automaticamente.
Outra dificuldade encontrada no início da empresa "Cadê?" pelos seus fundadores era mostrar as agências de publicidade, possíveis clientes do "Cadê?", que a internet era um nova mídia que deveria ser explorada pela publicidade, já que na época não havia nenhum tipo de publicidade on-line.
1996
Neste ano a empresa aumenta seu quadro de funcionarios de 3 para 5 e a empresa recebe seu único aporte de capital no valor de 60 mil dólares (Revista IstoE dinheiro 11 de Janeiro de 2002).
No primeiro ano de operação o faturamento da empresa foi de 50 mil dólares (Folha de São Paulo, 6 de Fevereiro de 2000).
1997
A empresa cresce, anunciantes importantes começam a fazer campanhas, testes na Internet brasileira. A Amazon escolhe o "Cadê?" para sua primeira campanha publicitária no Brasil . A empresa conta com 12 funcionários.
1998
O crescimento da empresa se acentua. A empresa conta com trinta funcionários. O faturamento da empresa ultrapassa 1,5 milhão de dólares (Folha de São Paulo, 6 de Fevereiro de 2000)

1999 Em abril, Fabio e Gustavo vendem o "Cadê?" para a multinacional Starmedia.
Neste ano a companhia dobrou seu faturamento para três milhões de dólares ( Revista Isto É dinheiro 11 de Janeiro de 2002).
2000 Gustavo e Fábio deixam a empresa em abril. A companhia já contava com mais de 50 funcionários.
2001 Em janeiro, o "Cadê?" é adquirido pelo Yahoo! Brasil; Com a aquisição do "Cadê?", seu principal concorrente no país, o "Yahoo" torna-se um dos maiores portais do país em audiência: o site passa do quinto para o terceiro lugar na lista dos mais visitados. (Revista Isto Édinheiro 11 de Janeiro de 2002).
2002
Em janeiro, o "Cadê?" é adquirido pelo Yahoo! Brasil; Com a aquisição do "Cadê?", seu principal concorrente no país, o "Yahoo" torna-se um dos maiores portais do país em audiência: o site passa do quinto para o terceiro lugar na lista dos mais visitados. (Revista Isto É dinheiro 11 de Janeiro de 2002).
2006
O "Cadê?", agora batizado de "Yahoo Cadê?", muda a aparência de sua página inicial; além de contar com a busca a partir de sugestões de palavra-chaves baseadas nas buscas dos próprios internautas.

Os Blogs podem garantir a integridade da notícia.

Felipe Cabral grupo 1

Todas as produções verbais, escritas ou orais, constituídas de uma frase ou uma seqüência de frases, que tenham: início, meio e fim. Já possuem um certo sentido e, com isso, passam a adquirir um certo potencial persuasivo, ou seja, fazem alguém acreditar em alguma coisa.
No começo da imprensa, as palavras impressas possuíam um alto valor persuasivo devido à sua credibilidade. Para entender melhor o porquê dessa credibilidade, vale levar em conta uma regra básica que aprendi em alguma sociologia da vida: quanto menor o grau de exposição, maior o valor de culto. Ou seja, como a produção da informação não era tão democratizada e era difundida em uma escala menor que a de hoje, era mais cultuada e mais respeitada, logo mais credível.
Ao decorrer dos anos com a democratização da produção da informação, os jornais impressos se tornaram cada vez menos críveis e cada vez mais incríveis. Não só pela falta da credibilidade, mas por estarmos inseridos numa sociedade do espetáculo onde, algumas vezes, troca-se ética por audiência. Hoje, até mesmo a televisão já dá margem para contradições e informações tendenciosas, o que acaba comprometendo sua credibilidade.
Os Blogs aparecem neste cenário, não apenas como uma fonte de informação democrática, mas como um agente regulador que pode garantir a credibilidade da notícia transmitida por todos os meios de comunicação. Cada vez mais tudo que vira notícia, vira blog. Sugiro uma solução para a esse problema de credibilidade da informação, vamos abrir a cabeça e apurar, sempre, mais de uma versão dos fatos – e para isso podemos usar os Blogs, olha que legal.
Não basta absorver a notícia, é preciso interpretá-la.

Três Erros que todo blog pode fazer – Se não ler isso antes

Por: Joana Brazil, grupo 5



O Top Rank Blog, especialista em blogs de empresas focados em marketing online, postou sobre os três maiores erros que as empresas cometem ao implementar seus blogs institucionais e dicas para que eles não aconteçam. Os erros listados foram cometidos inclusive pelo Top Rank e as dicas foram elaboradas após mais de quatro anos de experiência de seus bloggers.

Essas dicas também podem ser cometidas na produção de qualquer tipo de blog, não só os de empresa. Por isso, é bom sempre ficar atento a eles quando você começa a blogar.


Dica número 1: OBJETIVOS

O primeiro erro de três é começar o seu blog sem um objetivo definido. Mesmo que o seu blog trate de 30 assuntos diferentes, é importante que o objetivo esteja sempre subentendido em seus posts. Dessa forma, você garante que as pessoas certas e interessadas entrem no seu blog, garantindo que as conversas se mantenham e que seu blog tenha longa vida. Seja seu objetivo começar discussões ou somente postar informações, seus leitores saberão o que fazer quando acessarem.


Dica número 2: CONTROLE

Aprenda a controlar o seu blog. Mantenha-o atualizado constantemente. Evite comentários que fujam dos assuntos e dos objetivos de seu blog. Poste sempre de acordo com seus objetivos e utilize ferramentas de blogs como os Trackbacks para saber quem está postando o que o seu blog diz. Assim, você terá o controle de seu blog e o que estão dizendo sobre ele.

Dica número 3: MÉTRICAS

Não utilizar métricas de visualização e clique é o terceiro erro mais frequente nos blogs institucionais. Através das métricas você pode saber o que dá certo e o que não funciona com o seu público. Sem elas, você pode perder os seus leitores por não saber o que eles querem ler. E ter essa informação pode manter seu blog vivo e seus leitores participando ativamente.


Referência: www.toprankblog.com

sábado, 28 de abril de 2007

Noticiário Robotizado

Rebeca Montenegro, Grupo 8

O projeto Google News foi desenvolvido nos Estados Unidos e produzido inteiramente por computadores, sem participação humana.
Quando o projeto foi lançado em setembro de 2002 houve uma enorme polêmica nos Estados Unidos sobre as conseqüências que o Google News teria para a imprensa em geral, e os jornalistas em particular. Na época foram feitas previsões apocalípticas, como a substituição gradual dos jornalistas por robôs, mas nenhuma delas se consumou, até agora.
A sacada do Google foi desenvolver um mecanismo que garimpa, hierarquiza e publica notícias produzidas por jornalistas de carne e osso em jornais, revistas, agências de noticias, sites jornalísticos, noticiários de televisão e rádio.
O sistema eletrônico desenvolvido pela empresa Google varre continuamente cerca de 200 publicações em português, no Brasil e em Portugal. O material recolhido é posteriormente processado e separado conforme a sua origem e tema para formar as edições brasileira e lusitana.
O Google News na verdade é um mecanismo chamado "agregador", ou seja, ele usa o trabalho de outros para desenvolver um produto novo. E neste caso, sem o trabalho de centenas de jornalistas de carne e osso, os robôs também ficariam sem emprego.

Diferença visível
A comparação do Google News versão brasileira com as páginas noticiosas dos principais jornais do país – durante o fim de semana 19-20/11 – deixou claras as principais debilidades do noticiário robotizado. Às 18h30 do domingo, os sites da Folha, Globo e Estadão já tinham em manchete principal o resultado do jogo entre Internacional e Corinthians, enquanto o Google News sequer mencionava o jogo.
Os robôs preferiram destacar a vitória, no sábado, do vôlei feminino brasileiro sobre a Coréia do Sul, o empate do São Caetano com o Atlético Paranaense e a derrota do Payssandu para o Vasco. Às 20h de domingo, quem visitasse o Google News brasileiro não saberia o resultado da partida ocorrida no Pacaembu, encerrada uma hora e meia antes.
Outro contraste claro: no mesmo corte de noticiário realizado às 18h30 de domingo, o Google News foi o único site a destacar a decisão de 58 familiares do terrorista jordaniano Abu Musab al-Zarqawi de condená-lo pelo atentado da semana passada em Aman, que matou 60 pessoas. Versões web da Folha, Estado e Globo não incluíram a notícia entre as quatro principais manchetes de suas edições no mesmo horário. O Google também foi o único a colocar a abertura dos arquivos da ditadura militar como a segunda manchete mais importante, no horário.
Fora o noticiário esportivo, as manchetes do Globo Online eram o recorde de bilheteria do novo filme sobre Harry Potter, a decisão da Casa Branca de escolher o Brasil como parceiro econômico privilegiado. Já a Folha Online destacou os planos para a reeleição de Lula e a guerra dentro do PSDB para a escolha do candidato presidencial do partido, enquanto ao site da Agência Estado trazia as seguintes manchetes: "CPI vai indiciar Buratti e Waldomiro" e "PT prepara reeleição de Lula".
A visível diferença de critérios na escolha de manchetes reflete a diversidade de opções feitas por cada página. Os grandes veículos escolhem suas manchetes em função da atualidade, agenda política e linha editorial da empresa. Já o Google News seleciona os temas mais importantes com base na freqüência e relevância que a matéria mereceu nos sites pesquisados.

Números de audiência
O material básico do Google News vem de fontes conhecidas como Agência Estado, Folha Online, Globo Online e Radiobrás, que têm estrutura própria para coberturas jornalísticas, mas o destaque de sua página principal acaba sendo influenciado pelas opções editoriais de veículos do interior do Brasil – como Costa Rica News (de uma cidade de 16 mil habitantes no Mato Grosso do Sul) , Jornal de Piracicaba, No Olhar (vinculado ao jornal O Povo, de Fortaleza), Diário da Serra (editado em Tangará da Serra, Mato Grosso) ou Bonde News (de Londrina, Paraná).
A empresa Google afirma que o critério de seleção de assuntos adotado em todas as suas edições em todo o mundo respeita a diversidade de políticas editoriais adotadas pelos diferentes veículos monitorados, sendo esta a razão pela qual as manchetes são tão diferentes.
Em parte isto é verdadeiro, porque as preferências de editores regionais, como o do Amazônia Jornal , acabaram levando a condenação familiar do terrorista Abu Musab al-Zarqawi a ocupar o alto da página do Google News, coisa que não aconteceria se a seleção fosse feita apenas com base nos grandes jornais do eixo Rio-São Paulo-Brasília, que deram pouca importância ao assunto.
Em compensação, a diversidade temática acaba seriamente comprometida pelo fato de quase todos os veículos pesquisados se alimentarem das mesmas fontes em matéria de noticiário internacional e nacional. O enfoque e a contextualização das informações acabam sendo os mesmos, e principalmente, da Folha de S.Paulo, O Globo, Estado de S.Paulo, Valor Econômico e das agências internacionais.
O Google News é o primeiro no Brasil na linha do noticiário automático, mas o sistema já tem pelo menos três outros seguidores em todo o mundo: o Topix, o Newsbot e o Kify News.
O Google News em inglês tem uma audiência global de pouco menos de 7 milhões de visitantes únicos por mês, segundo o Instituto Nielsen/Net Ratings, em medição feita em julho de 2005. É mais do dobro da audiência do Topix no mesmo período, mas fica muito abaixo dos 23 milhões de visitantes únicos do Yahoo News (que não é automático).

Por Carlos Castilho em 22/11/2005, Observatório da Imprensa

sexta-feira, 27 de abril de 2007

Google quer dominar a internet. Será que dá?

Pedro Cruz, grupo 8
Em um cenário hipotético no qual os serviços de internet são vendidos em supermercados, pode-se dizer que o Google é a maior das redes varejistas. Suas prateleiras têm ferramentas on-line de busca, de e-mail, de comunicação instantânea, de vídeos, de planilhas, de texto, de edição de imagens, de mapas, de notícias e de rede social, para citar alguns exemplos. Mas, assim como acontece nas lojas, os usuários dessas soluções não podem simplesmente escolher produtos e levá-los sem pagar. O preço, talvez caro demais para alguns, é a privacidade.
“O Google sabe mais sobre você do que você sobre ele. Se tiver um segredo, não o digite na ferramenta de buscas, no Gmail ou no Orkut”, disse ao G1 David Vise, autor do livro “The Google Story” (“A História do Google”, ainda não disponível em português). Se a empresa não cobra diretamente por aquilo que oferece, tem uma base de dados com informações que garante a eficácia da venda de anúncios -- de longe, a principal fonte de renda da empresa. Por isso, é essencial que a organização aumente sempre sua base de usuários e o tempo de navegação dos internautas: quanto mais essas pessoas clicam em anúncios, mas a empresa lucra. E haja clique: em 2006, a receita ficou em US$ 10,6 bilhões.
Ao identificar o conteúdo das mensagens de e-mail, dos vídeos, das buscas e de outras ferramentas que indicam as preferências dos usuários, o Google cria um valiosíssimo banco de dados para empresas em busca de novos clientes. Sabendo que poderão atingir diretamente seu público-alvo, as companhias investem na divulgação dos sites que aparecem próximos aos resultados das buscas e também associados a outros serviços do Google (receba um convite para um lanche com os amigos via Gmail e, na seção “links patrocinados”, você verá anúncios sobre comida). Toda vez que o usuário clicar na página sugerida, o anunciante paga ao Google uma quantia variável -- é possível escolher, por exemplo, quando investir em cada clique. Sendo assim, a companhia precisa conhecer os internautas, saber do que eles gostam e, para isso, nada melhor do que integrar diversos serviços acessados por um único perfil. Qualquer semelhança dessa filosofia com a conta do Google, utilizada para acessar o Gmail, Google Talk, Orkut e Blogger, não é mera coincidência. Assim como, não por acaso, o comunicador instantâneo do gigante das buscas está disponível em seu webmail, os vídeos do YouTube podem ser acessados pela rede social Orkut. “Essa integração potencializa o uso das ferramentas da empresa, já que mais de 90% dos usuários brasileiros do YouTube usam também o Orkut. Esses quase 10% não acessam a página de vídeos são alvos fáceis para a conversão, pois o perfil dos usuários dos dois serviços é muito similar. E esse é um ponto interessante: provavelmente, os maiores serviços darão força àqueles que têm menos audiência”, afirmou Alexandre Magalhães, analista de internet do Ibope//NetRatings. “Do ponto de vista do usuário, essa convergência é positiva, porque permite visitar diferentes páginas com menos cliques”, continuou.
Força
A empresa -- sinônimo de internet para muitos -- ganhou popularidade por colocar no topo da página de resultados de buscas os sites consideradas relevantes para o usuário. Mas desde que o Google foi criado em 1998, como resultado de um projeto acadêmico de Sergey Brin e Larry Page, seu foco deixou de ser unicamente as buscas para tornar-se serviços da internet. “A IBM definiu a era do mainframe [computador de grande porte]. A Microsoft dominou a era do PC. E, hoje, o Google é o maior ícone da era da internet”, disse Vise.
“Atualmente, a companhia representa a maior força da internet. No entanto, nem tudo o que ela faz decola, como foi o caso do Google Video. Em situações como essa, o Google opta por comprar iniciativas de sucesso, como o YouTube, que lhe garantiu a liderança no segmento de vídeos on-line e impediu que seus concorrentes ganhassem força”, continuou. Com possibilidade de investimento, a gigante adotou um novo lema: quando não sabe fazer algo, compra uma boa idéia. Daí as aquisições do YouTube, do programa Writely (atual Google Docs) e do Earth Viewer (atual Google Earth). O crescimento, obviamente, não agrada a todos. Quando oferece gratuitamente documentos on-line para textos e planilhas, por exemplo, o Google provoca diretamente a gigante Microsoft, que obtém lucros com a venda de programas parecidos. No contra-ataque, a empresa de Bill Gates passou a fortalecer seus serviços de internet, dar mais atenção às buscas virtuais e também a integrar suas ferramentas com o Windows Live. Nessa batalha, a fronteira de área de atuação entre as duas organizações tornou-se menos clara: o Google começou a investir mais na oferta de software, enquanto a Microsoft fez o mesmo com os serviços de internet.
Liderança
Demi Getschko, especialista em internet e professor de computação da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), afirma que a centralização de serviços na internet é uma tendência. “Outras empresas fazem o mesmo, mas o Google conseguiu enxergar isso mais rapidamente, talvez por ser uma organização que já tenha nascido na internet”, acredita. Essa onda ganhou força quando percebeu-se a vantagem de os usuários realizarem muitas de suas atividades on-line, como escrever textos, tratar fotos e armazenar documentos. Se o gigante das buscas vai manter sua liderança e conquistar mais usuários para outros de seus serviços, é algo difícil de prever. Segundo Magalhães, o Google atualmente parece ser a empresa dominante, mas é impossível saber como essa história vai terminar. “A internet sempre traz surpresas. Monopólio ou não, dominante ou não, só conseguirá se manter a empresa que for boa no que faz e conseguir ser lucrativa a longo prazo. Em outras palavras, só depende do cliente.” Com o rápido crescimento, a companhia corre alguns riscos. Um deles é o fato de ela ganhar mercado dos concorrentes, o que coloca o Google na mira de outros gigantes, como Microsoft e Yahoo!. Por estar no centro das atenções, a empresa também deve ter muito cuidado ao gerenciar seus serviços -- o YouTube, por exemplo, já sofreu processos por divulgar o vídeo da modelo Daniella Cicarelli e vive sob a ameaça daqueles que protegem os direitos autorais. Ao ganhar ares de empresa grande -- que devem ceder a algumas pressões --, é possível que parte da audiência do Google migre para serviços mais alternativos e menos opressores, nos quais o controle é menor. Além disso, tem o alerta de David Vise, o autor do livro sobre a companhia: “O Google encara o risco da arrogância, que pode ser motivada por seu extraordinário sucesso. Por isso, a empresa deve ter cuidado e evitar voar muito perto do sol, para não se queimar e cair, como já aconteceu com outras organizações”. Recado de quem escreve há anos sobre o mercado de tecnologia.